Quando se fala sobre “comunidade virtual”, logo uma ideia surge à mente:
estamos todos conectados – ou pelo menos grande parte do mundo faz
parte dessa larga “aldeia global”… Engana-se, contudo, quem pensa assim.
Hoje, pelo menos dois terços de toda população mundial não contam com
acesso à internet – e o projeto “Loon”, desenvolvido pela Google,
pretende revolucionar esse cenário, distribuindo internet por meio de
balões de ar quente que flutuarão a 20 km do solo (na estratosfera).
“Essa
parece uma daquelas ideias saídas diretamente dos domínios da ficção!”,
pode até pensar um ou outro leitor mais cético. Fato é que o projeto já
está sendo desenvolvido, tem sido testado e continua recebendo
incentivos de cientistas e entusiastas de tecnologia. “O projeto Loon é a
ideia de que podemos criar um sistema de distribuição de internet
usando balões de ar quente a 20 km de altura, dando ao mundo todo acesso
à web”, diz Rich DeVaul, arquiteto-chefe do projeto Loon.
Balões flutuando por todo o globo
Conforme se pode notar ao assistir o
vídeo postado acima, os balões flutuarão na faixa da estratosfera –
ficando a uma altura pelo menos duas vezes mais elevada à utilizada por
aviões e bastante afastada também das áreas em que ocorrem os fenômenos
climáticos. Correntes específicas de ar, que não contam com grandes
variações, serão responsáveis por carregar as centrais flutuantes de
distribuição de internet.
Atualmente, um projeto piloto está sendo
desenvolvido na Nova Zelândia. Por lá, cerca de 50 testes já foram
realizados. Cada bola voadora tem 15 metros de diâmetro, é composta por
uma liga de polietileno e pesa, em média, 10 kg. Os sistemas de
distribuição de internet via WiFi é alimentado por energia solar e todos
os balões são capazes de criar uma frota – uma vez mais próximos uns
dos outros, a intensidade e qualidade do sinal são otimizadas.
Os balões, entretanto, não vão funcionar
como servidores. Em vez disso, eles vão se comunicar com antenas
cravadas no solo capazes de captar e emitir sinais aos balões – criando,
assim, um tipo de “network em teia”.
Cientistas executam testes na Nova Zelândia. (Fonte da imagem: Reprodução/Google)
Até o momento, não há previsão para a
finalização e plena execução do projeto. Mas, a julgar pelos resultados
exibidos pelos vídeos – e considerando também a convicção dos cientistas
envolvidos no projeto –, parece que o Loon tem fortes chances de ser
emplacado pela Google logo nos próximos anos.
Fonte: Google/Loon
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